Ex-deputada estadual disse que ‘é preciso apurar primeiro’
Na última terça-feira, 23, a Arquidiocese de São Paulo arquivou a denúncia contra o padre Júlio Lancellotti. A ex-deputada estadual por São Paulo e professora de Direito, Janaina Paschoal, se manifestou sobre o assunto nesta quinta-feira, 25.
“Não existe arquivamento de investigação que não ocorreu”, disse a ex-deputada. “Para arquivar por falta de autoria, materialidade ou provas, é preciso apurar primeiro. Ademais, imperioso lembrar que a certeza absoluta é requerida para fins de condenação. Tudo isso para dizer que a Arquidiocese de São Paulo deveria ter procedido de forma mais cautelosa.”
Janaina também disse não estar “fazendo juízo de valor” sobre os fatos em si, mas que “diante da guerra de laudos periciais, resta prematuro concluir”.
Por que a Arquidiocese de São Paulo arquivou a denúncia contra Lancellotti
A Cúria Metropolitana do Estado, responsável pela análise do caso, disse que o vídeo pornográfico é o mesmo enviado à instituição em 2020, quando houve a primeira denúncia do caso. Na ocasião, houve rejeição por “falta de materialidade”. Desta vez, não houve “convicção suficiente”.
A denúncia foi arquivada pela arquidiocese em menos de 24 horas. Ela foi entregue na última segunda-feira, 22, pelo presidente da Câmara Municipal, Milton Leite (União). A denúncia foi recebida pelo cardeal dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo.
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“Ao anunciar a decisão, a arquidiocese ignorou a perícia que atesta a veracidade do vídeo protagonizado por Júlio Lancellotti”, escreveu o repórter Edilson Salgueiro em Oeste. “Em 81 páginas, os peritos Reginaldo Tirotti e Jacqueline Tirotti analisaram o estado de conservação do vídeo, observaram cada frame dos filmes, realizaram os exames prosopográficos (técnica que identifica as características faciais), inspecionaram os áudios e comprovaram sua integridade.”
O resultado da perícia foi revelado com exclusividade por Oeste. O vídeo é de fevereiro de 2019, e teria sido gravado por um adolescente de 16 anos. A primeira cena mostra uma tela de celular, com trocas de mensagens no WhatsApp. Depois a videochamada começa e a câmera oscila entre as partes íntimas e o rosto do adulto.
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