O Brasil superou nesta sexta-feira (15) o número total de casos prováveis de dengue do último ano. Em 2023, foram registrados 1.658.814 casos prováveis e 1.094 mortes confirmadas. Desde o começo do ano, o país teve 25.967 casos a mais, com 1.684.781, além de 513 mortes confirmadas e outras 903 sob investigação.
O Distrito Federal segue como a unidade da federação com maior incidência de casos, seguido por Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná e Goiás. Somados, essas cinco UFs concentram 61% dos casos de dengue do país.
A faixa etária que mais registra casos de dengue é de 20 a 29 anos, com mais de 318 mil casos, o que representa quase 19% do total. A maioria das pessoas que pega dengue é mulher (55,5%).
8 estados e o DF decretaram situação de emergência devido ao alto número de casos de dengue, além de quase 200 municípios.
A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplemental) anunciou nesta sexta que vai recomendar que planos de saúde sigam o protocolo de atendimento do Ministério da Saúde para pacientes diagnosticados com dengue. O objetivo do protocolo único é dar celeridade às autorizações de atendimento. O parecer técnico com a recomendação vai ser publicado na segunda-feira (18).
A vice-governadora do DF, Celina Leão (Progressistas), afirma que uma “sensibilização dos planos de saúde é necessária” e que os protocolos precisam ser reavaliados. “O atendimento não é padronizado como era antigamente. Vamos precisar repetir mais exames, com mais rapidez, fazer reinternações para que a gente possa salvar vidas”, explica.
O presidente da ANS, Paulo Rebello, diz que o objetivo é ter um protocolo de atendimento unificado para atendimentos a pacientes diagnosticados com dengue no serviço público e no privado. Ele afirma que a agência vai convidar as operadoras de planos de saúde para conversar e estabelecer o protocolo no início da próxima semana.