Após o lançamento da GPT Store, novas versões do ChatGPT para namoro têm surgido e desafiam a política da OpenAI.
O amor acabou: a OpenAI, renomada empresa de inteligência artificial, encontra-se em uma batalha inusitada contra versões do ChatGPT projetadas para oferecer companheirismo romântico. Isso mesmo!
Recentemente, o lançamento da GPT Store, uma plataforma para comercialização de inteligências artificiais, trouxe à tona a possibilidade de criação de ‘namoradas’ virtuais baseadas no ChatGPT, indo contra as políticas da empresa.
Usuários contornam restrições da OpenAI – Imagem: OpenAI/Reprodução
Proibindo o relacionamento máquina X humano
A política de uso da OpenAI é clara ao proibir ‘GPTs dedicados a oferecer companheirismo romântico ou realizar atividades reguladas’, de acordo com a própria companhia.
Apesar disso, mesmo com a empresa derrubando versões irregulares da tecnologia, os desenvolvedores têm encontrado maneiras discretas de contornar as restrições, utilizando apelidos como ‘querida’ para nomear as inteligências artificiais e comercializá-las na GPT Store.
Algumas das versões já disponíveis incluem ‘Namorada Coreana’, ‘Judy’ e ‘Tsu, sua namorada IA’, entre outras.
A empresa ainda não emitiu um posicionamento específico sobre o assunto, mas, de acordo com informações do portal Gizmodo, ela continua seus esforços para conter o desenvolvimento dessas IAs voltadas para relacionamentos românticos.
O debate sobre relacionamentos entre humanos e inteligências artificiais não é novo. Há séculos, a ideia de bonecos inanimados ou robôs sexuais era discutida, mas a implementação moderna dessa tecnologia traz desafios éticos e práticos.
Muitas empresas de tecnologia, incluindo as principais plataformas de IA, possuem políticas de proteção para bloquear interações românticas e obscenas entre usuários e suas IAs.
Casos como o do chatbot ‘treinador prático de namoro’, introduzido pela Meta, mostram que nem todos os usuários estão confortáveis com níveis elevados de intimidade com as IAs.
A relação entre humanos e IA permanece complexa, e a discussão sobre como a tecnologia pode ser utilizada de forma saudável para relacionamentos românticos ainda está em aberto.
A relação entre humanos e IA permanece um território complexo e ainda não está claro como a tecnologia pode ser usada para esse fim de forma saudável.
Enquanto a OpenAI continua a reprimir os relacionamentos românticos com o ChatGPT, a resistência dos usuários destaca os desafios éticos e sociais em torno dessa interação peculiar.
Formada produtora editorial e roteirista de audiovisual, escrevo artigos sobre cultura pop, games, esports e tecnologia, além de poesias, contos e romances. Mãe de três curumins, dois cachorros e uma gata, também atuo ativamente em prol à causa indígena no Brasil.